sábado, 15 de agosto de 2015

Lycra, do ridículo ao necessário

Shaka, o Rei Zulu, com roupas Zulus
   Códigos de vestimenta são um ponto comum a todas as civilizações atuais e do passado. Incas, tribos africanas, brasileiras, aborígenes, todos têm um modo de se vestir adaptado à sua região, clima e aos momentos de solenidades, festas ou rituais. Seguimos um senso comum hoje e até os próximos trilhões de anos vai ser igual, independente do planeta que o ser humano venha a ocupar, ou talvez ser ocupado, sei lá, por máquinas da Goog... Skynet.







Mas, eis você, ciclista sério, acha bem normal chegar em quase todos os lugares assim:

Completamente OK

   Não importa onde: cafés chics, aniversários de criança, almoço de domingo com a família... Não interessa, você estava pedalando. Mostre sua falta de barriga e pernas fortes e depiladas (se autorizado) pra todos os sedentários do local. Os braços, é melhor esconder.

   A primeira roupa de ciclismo que comprei foi uma calça pra usar em aulas de spinning e pra velejar de Star. Me senti completamente ridículo e pelado. Devo ter usado uma vez só na academia e outras poucas vezes no velejo com uma bermuda por cima. Quando comprei minha primeira bicicleta, fui numa Decathlon escolher umas roupas. Por muito pouco não saí com bermudas e camisetas pra Montain Bike, que são bem largas. Sempre acompanhado do sentimento "xessus que coisa rídicula!". No final das contas, saí com uma bermuda "normal" (ridiculamente justa) e uma camiseta bem razoavelmente folgada. Vários anos se seguiram nesse estilo, até que, como todos sabem, a porra ficou séria.

   Séria como "Quanto mais justo melhor". Segunda pele, aero, AERO, A-É-R-Ô! Não faz muito tempo que comecei usar as roupas assim. No primeiro pedal foram vários quilômetros mais rápido (só que não, 0,712 talvez). Finalmente eu entendi que as roupas folgadas abanando por aí atrapalham. Segundo a Specialized, são 96 segundos a menos num percurso de 40 km usando a "skinsuit" (algo como uma segunda pele) deles.

  É isso, você está vestido em lycra justíssima e pedalando duro pelas ruas. Só mais outro dia de sofrimento normal.

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