terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Tempos Pós Modernos

Estamos no ano 2015 da contagem mais usada na nossa bolotinha voadora. Macfly já voltou do passado, um avião elétrico cruzou o Canal da Mancha e carros também elétricos disputam campeonatos mundiais. Se isso é pouco, ano que vem será disputado um campeonato entre carros 100% autônomos como preliminar da Fórmula-E. Há quem diga que os motores elétricos já chegaram no world tour, vai saber. 

Mas nesse mesmo 2015 fantástico parecem ter cantos escuros esquecidos pela luz do bravo novo mundo. Por exemplo, o Congresso Nacional deste ano, alguns templos religiosos, e muitas, mas muitas cabeças de prego machinhas. Campanhas recentes feitas por grupos feministas tentam lançar luz sobre o assunto, as mais populares foram os sustenidos (hashtags para os anglófilos) "meuprimeiroassedio" e "meuamigosecreto". Acho que em alguns casos, lançar essas cabecinhas diretamente ao núcleo do sol não vai resolver, entretanto. Em menor grau, a UCI é bem parecida. A entidade reguladora do nosso querido esporte e suas restrições para o world tour que parecem estar paradas no tempo junto com os primeiros esboços de uma bicicleta de Da Vinci.


4,56 kg. Não pode. Foto: Cyclingweekly
Para nós, dublês de atletas, algumas tecnologias chegam antes. Merida Scultura 9000 LTD. A bicicleta de produção mais leve do mundo. 4,56 kg. Não pode lá... Eu consigo imaginar Rubén Plaza Molina escalando feito um foguete numa bici dessas. Mas uma regra instituída no ano 2000 restringe o peso minimo das bicicletas a 6,8 kg por questões de segurança. Hoje as equipes adicionam pesos às bicicletas para atender essa norma. Se essas bicis são vendidas por todo o globo, ou as fabricantes de bicicletas acham que o produto é seguro ou elas perderam o medo dos advogados de plantão.


Falco V. 3T... Foto: Falco
As regras para bicis de Triatlo são bem menos restritivas. Essa Falco V se livrou de elementos tradicionais em nome da eficiência aerodinâmica. Não tem o "seat tube" nem "seat stays" (foi mal, não achei tradução). O Desenho não é novidade, Zipp, Trek, Pinarello, já fizeram bicis com desenho semelhante.

Aero, Sem compromisso. Foto: Factor
Por último essa belezinha, Factor Vis Vires. Bici de estrada, aero até o último fio de cabelo esvoaçante. E também não pode por ter o tubo inferior (downtube) bipartido.

O que falta para a UCI mudar essas regras obsoletas? Muito provavelmente falta de interesse da própria indústria. Vejam o caso dos freios a disco, rapidinho conseguiram fazer a UCI aceitar. A partir de janeiro o uso no World Tour será legal.

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