quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Breve biografia ciclística

   Pensei em escrever essa "biografia" pra tentar relembrar a história da bicicleta na minha vida. É sempre um exercício interessantíssimo buscar essas passagens na mente. Como diria minha filha: "Vamos lá"?

   No início era apenas escuridão. Havia muita energia perdida pelo espaço e em algum momento, essa energia concentrou-se no big bang. Pulando bagilhões de anos, vamos a Florença na Itália. Leonardo Davinci o nome do cara. Brincadeira, vamos direto à Caloi Cross!
Desse mesmo modelo
A Primeira, Caloicross!

   Branca, azul e laranja da terra da pista de cross que ficava na orla de pituaçu, em Salvador. Alguns domingos na casa do meu avô incluíam uma passagem por lá. Foram os primeiros passeios de rodinhas e primeiro passeio sem elas. Foram vários anos com essa bicicleta. Tombos memoráveis, inclusive. Um que ralei o ombro, numa aterrissagem desastrada após um salto mais desastrado ainda. Aqui um parêntese pra duas coisas imprtantes: Como as crianças dessa geração sobreviveram sem capacete, o que não serve de bom exemplo. E como o fortalecimento do tronco promovido pelo judô me salvou  de uma cabeçada no chão. Fechando os parênteses e o ciclo da Caloi Cross, meus pais e até eu mesmo estava convencido de que a bicicleta estava pequena para mim. Já não conseguia acompanhar os meus amigos por conta da relação curta. Ela não foi muito longe, ficou pra meu irmão. Mas no último passeio eu chorei, sério. Agora de novo inclusive.

   No natal desse mesmo ano, algo perto de 1990, numa manobra sempre muito habilidosa do meu pai, surge uma nova Caloi na minha vida. Não lembro o modelo, lembro que a festa foi grande! E o pedal naquela noite também. Pensando como pai, deve ter sido difícil me convencer a dormir naquela noite. Projetei uma pista de corrida onde morava. E fazia corridas sérias lá. Nessa época começaram a chegar os primeiros câmbios Shimano. A minha não tinha e assim entrei no mundo das atualizações. Lembro que foi difícil de convencer o conselho do banco central a aprovar a verba, mais por tentar provar a utilidade do que pela verba necessária. Mas upgrades são upgrades, são sempre necessários, todos eles até aqueles que não servem pra nada. Faz parte da vida de ciclista sério. 5 marchas atrás foi o que deu pra adaptar nesse quadro. Lembro também que meu Pai tentou me ensinar como desmontar tudo pra limpar, engraxar e montar tudo de novo. Não deu muito certo, consegui montar tudo, mas tinha mais areia nas partes depois da limpeza que antes.
Nessa época conheci a mítica Caloi 10. Lembro da decoração de Natal do Iguatemi de salvador ter uma dessas pendurada na parede da fábrica dos duendes. Como eu babei naquela máquina vermelha que estava na parede. Pneus finíssimos, gidom baixo e muita velocidade. Tentei insistir pra que fosse o presente daquele ano. Não deu certo  mas não era o momento ainda, não teria lugar pra pedalar com aqueles pneus.

O Monstro, Caloi 10

   Depois de um longo hiato ciclístico do final dos anos 90 até 2013. Quando entrei numa certa empresa aérea colorida, conheci um cara que se tornaria um grande amigo e que me influenciaria na volta ao pedal, mais precisamente para a estrada. Demorou um pouco, foram alguns anos enrolando, mas a coisa ficou séria. Depois conto sobre as bicicletas atuais!


 

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