quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Freios a disco em bicicletas de estrada


Pina Dogma F8, um sonho diponível na loja do Lazzaretti


  Quando essa Pinarello, pintada nessas cores apareceu na página da equipe Sky, logo pensei: Já era, minha bicicleta está obsoleta (ela tem 3 anos). A Sky não brinca em serviço, tem um dos maiores orçamentos do Pro tour e um planejamento sério de longo prazo. Oleg Tinkov já chorou as pitangas por causa disso (vale outro post!). Não tem ponto sem nó no time do vencedor do Tour de France desse ano. Nem a Pinarello, que já fabrica uma versão do modelo topo de linha, a F8, com discos de freio. Falando em fábricas, a maioria delas já tem algum modelo com discos de freio em sua linha 2016. Shimano a maior fábrica de peças para bicicletas equipa a maioria delas e em menor escala a Sram. A Campagnlo ainda não lançou um modelo próprio. 
  Ciclistas estão divididos entre o medo de ferimentos que possam ser causados pelo discos (massacre do disco elétrico) e a esperança de que acidentes possam ser evitados pelo uso do disco. Acidentes como esse do Matt Brammeier da MTN Qubeka



   Se bem que essa porrada só seria evitada com quatro pneus Pirelli P-Zero e freios de carbono que equipam os carros da Fórmula 1. A propósito Matt Brammeier está vivo! Olha ele aí:


 Dizem que rodas de carbono são ruins de freio e molhadas, o freio é inútil (Tá faltando esse upgrade). O que me deixa muito assustado, por que frear com rodas de alumínio na chuva é uma coisa muito emocionante, não imagino mais emoção ainda. É algo como tentar parar o sprint de um rinoceronte numa quadra de futebol de sabão.
  
  Vivemos num mundinho capitalista (calma, não chorem ainda, pode piorar). E a grande roda do mercado precisa girar. Inovações são parte da força motora, as vezes grandes saltos, muitas vezes não. Vide as novas versões de telefones que são lançados a cada 6 meses. Além disso, os bens de consumo precisam ficar obsoletos de tempos em tempos. Os fabricantes de peças e bicicletas já entenderam isso. Pra quem pode comprar os modelos de carbono topo de linha ou aquelas que são um degrau ou dois abaixo, vai mudar tudo. Não existe upgrade do freio tradicional para disco, é necessário um quadro específico pra isso, é aí que minha querida bicicleta vai ser afetada. O valor de revenda dela vai pro buraco. O disco é ruim? Muito provavelmente não. Aviões, trens, motos, carros usam. Quando vejo um carro caro com um tambor de freio nas rodas traseiras faço cara de nojo. Então já era, preparem os bolsos por que vai precisar. Os discos de freio chegaram.

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