segunda-feira, 16 de maio de 2016

Avaliação: Bretele Mauro Ribeiro Black


Quando duas pessoas que não têm muita habilidade em manter uma conversa interessante (eu tenho muito pouca) acontece de ficar aquele silêncio constrangedor tipo: "ih, falo do quê agora?". Depois de falar do tempo, comigo às vezes ocorre um "salvador": "Pô, você é alto, heim?". "É, um pouco sim". Geralmente a situação não melhora e é melhor trocar de assunto. Não sei por quê as pessoas imaginam que ser alto é muito legal. Na verdade acho que só querem ser simpáticas, mas a média de altura nacional é de 1,72 m (IBGE, 2008/2009) e eu tenho 0,22 m a mais que a média. Eu não tenho mais que 2 metros de altura, minha vida não é um sofrimento completo. Mesmo assim, em várias situações é bem desagradável. Tipo ônibus, aviões, carros compactos, bicicletas da Caloi (Não tem a City Tour pro meu tamanho, Xatiado), camas (bem normal ficar com os pés pra fora) e chuveiros. Sim, chuveiros. Os elétricos são os piores, já levei vários choques na cabeça. Certa vez em um hotel em Montes Claros tomei banho com um chuveiro na altura do meu queixo.

Rebarba de painel aqui...
...e aqui, com costura sobrando na outra perna.
Ser "fora do esquadro" complica mais um pouco as coisas. Depois da bicicleta eu me tornei um cara alto e magrelo - Não aumentei de altura. Escolher roupas é um porre, só fazem calças GG pra quem tem uma linha de cintura GG e as G ficam no meio da minha canela. Os vendedores devem ficar muito p. quando eu vou escolher uma calça. Isso se aplica também às roupas de ciclismo. No início eu não me importava muito em usar camisetas largas balançando ao vento, era bem menos ruim. Hoje me sinto o ciclista mais desleixado quando uso essas camisas antigas. Os bretelles seguem uma linha semelhante à calças, ou são muito curtos ou não se ajustam direito.
O Forro é muito bom
E é nesse ajuste "marromenos" é que se encaixa o bretelle Mauro Ribeiro Black. Como já escrevi antes, é difícil de achar alguma coisa que caia bem. A descrição no site oficial chega ser engraçada, lá diz que o bretelle é ideal para pedais maiores de 10 horas de duração, eu me pergunto se tem alguém pedala mais que 5 horas em sã consciência. No BRM 200 levei umas 7 horas pra terminar e não devo repetir a dose. Nos meu treinos normais, eu teria que usar o negócio mais de 2 semanas pra completar as 10 horas. Bom, ignorei essa parte. Estava bem esperançoso por já ter lido avaliações muito boas sobre o produto, fui por amor à bandeira e comprei um G pela internet. No dia que chegou eu fui testar e a minha filha mais velha veio me ajudar a abrir a embalagem. A segunda ou terceira coisa que ela fez foi arrancar a etiqueta fora... 300 Dilmas que não foram bem gastas. O tecido é muito bom, bem confortável, porém as costuras são de doer. Os painéis são muito mal cortados e costurados, tem rebarba sobrando aos montes. O forro "airmash" é o ponto alto do bretelle, realmente muito confortável e as alças são boas também, só achei que faltou um pouco de tecido na parte de cima. Não é pra segurar a minha barriga, é pra escondê-la, tenho umas camisetas meio curtas que sobem enquanto pedalo, mas é problema meu.

3 comentários:

  1. Kkkkkk... vc tem a "outra face do problema roupa"! Minhas bermudas são superacoxadas na cintura GG e um saco nas pernas. Se não fazem para altos, para pesos pesados, modelo armário, é que não fazem mesmo. Já me acostumei com meio buxo de fora ou camiseta largona. Ainda bem que não sou atleta! Kkkk

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    1. Caramba, jurava que os modelos GG eram para pesos pesados, e não muito altos. Tô começando a achar que fazem roupas pra ninguém hehehe

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    2. Caramba, jurava que os modelos GG eram para pesos pesados, e não muito altos. Tô começando a achar que fazem roupas pra ninguém hehehe

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