sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Rodas: Fulcrum Race Zero

Eu tenho um carro que é adorado no mundo todo por quem gosta de carros. Gerações se renderam ao apelo de um carro com dimensões razoáveis, prático e, principalmente, divertido de dirigir. Porém, como gente é um bicho esquisito, existe uma parcela de consumidores que supostamente também gostam do carro, mas cometem atrocidades! Colocam escapamentos barulhentos, que te fazem desejar ser surdo depois de 48 segundos andando na mesma velocidade, molas duríssimas provavelmente para reorganização dos órgãos internos e rodas de bigas romanas, aros gigantes em pneus baixíssimos. Rodas essas, grandes com pneus finos que funcionam muito bem em bicicletas de estrada. E só.

Das coisas que já troquei na minha bicicleta atual, essa foi a que fez muita diferença. Tanta diferença que quase parece que eu tive duas Tarmac diferentes. Uma grudenta e outra que acelera tão rápido quanto minha filha de 2 anos. Rodas, elas podem custar os olhos da cara. Mais que o próprio quadro, do que a uma bicicleta inteira (ou várias). Mais que seu rim. As de carbono estão nessa categoria proibitiva, são leves e rígidas. Nunca andei com uma, sei que se testar vou gostar. É o objetivo desse Blog, testar essas "coisas".
Ah, Zipp... Noel, abre o olho!
   Existe o meio do caminho, para ciclistas sérios que não querem causar grandes problemas no orçamento da família (conflitos em escala nuclear, consequentemente). São feitas com estrutura de alumínio e com aro de carbono para dar um perfil aerodinâmico pra roda. São um pouco mais pesadas e menos caras. Menos caras, pra deixar claro.
A Popular Mavic Cosmic
E tem as rodas construídas em alumínio. Elas podem ser menos caras ainda, menos rígidas e menos chamativas. Ninguém vai parar pra olhar suas rodas e dizer "hummmm" na rua. Mas antes que você faça uma cara de nojinho, existem as maravilhas de alumínio. Com vocês, Fulcrum Racing Zero. (hummmm)

Italia (hummmm)

Fulcrum Wheels s.r.l, hoje reside em Arcugnano, perto de Vicenza, criada por três engenheiros aeroespaciais em 2004. Começamos bem!
Foi um caso de amor redondo na primeira pedalada. As rodas são feitas com todo o cuidado pra reduzir a massa rolante e aumentar a rigidez total. O par pesa só 1440 gramas. Os aros tem tamanhos diferentes, 26 mm na frente e 30 mm. Isto é, mais leve na direção e mais rígido na tração. Furação tripla com raios e "nipples" em alumínio (achatados). Além do sistema de rolamento chamado USB, Ultra smooth bearings (Rolamentos ultra suaves. Não, elas não se conectam ao computador) em um cubo de fibra de carbono.Tudo isso pra facilitar o estranho gosto por pedalar em estradas que sobem. A roda reage instantaneamente, quase um desafio a acelerar ainda mais. A velocidade vem fácil, principalmente em subida. Girando a roda com a mão, parece que ela não vai parar nunca. No famoso e temido buraco do tatu, com seus 16% de inclinação máxima, a reatividade da roda é muito perceptível. Pedalando em pé, aplicando bastante força, a bicicleta acelera a cada volta sofrida do pedal. No plano elas giram bem, porém com algum sacrifício no conforto, já que o objetivo é rigidez. Pedalar em piso irregular com a calibragem dos pneus mais alta te faz saltar como um cabrito. Os raios achatados melhoram um pouco a aerodinâmica, porém o aro baixo e quadrado não facilita as coisas quando se anda perto de 40 km/h. Para treinos, até mesmo para provas amadoras com subidas, elas cabem muito bem. Estou mais que satisfeito com o desempenho delas! Não vendo. De jeito nenhum.

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