segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Avaliação: Grupo Campagnolo Chorus 11v

Fora do país existe um grupo bem peculiar de ciclistas conhecidos como "Cycling snobs". O site Bikeradar tem um teste que avalia o seu nível de "gourmetização ciclística" (aqui o teste!). Caso você não seja um snob há grandes chances de achar algumas respostas engraçadas e, provavelmente, lembrar de alguns amigos. E tirar com a cara deles no próximo pedal. Questões variam de como você usa o strava, gel, bonés, toma café e a pior de todas, se você fica se olhando no reflexo de uma vitrine, entre outras. Uma questão específica me eleva à beirada do precipício gourmet: "Bicicletas Italianas são???"
Vicenza, Itália

Vicenza, Norte da Itália. Cidade onde fica a sede da Campagnolo. De onde veio o grupo que está na minha bicicleta. Eu não tinha muita noção do que estava fazendo, acabei comprando junto com as Fulcrums (tendências fortes), mesmo com o alerta do super sincero Romulo Lazzaretti. Troquei um Shimano 105 de 10 velocidades por um Campy Chorus de 11 velocidades - uma mistura na verdade, tem uns Super Record no meio (SNOB!!!). Bom, não desfaço essa troca. Teoricamente os dois grupos se encaixam na mesma categoria de porta de entrada para o mundo maravilhoso da alta performance. (Errei! O correto está aqui) Mundinho esse que é bem suficiente pra mim. 


Os Ergopowers recebem grande atenção para a ergonomia, proporcionando grande conforto na pegada. A troca das marchas é feita de duas maneiras: pra cima (mais leves) com os dedos indicador e médio, (tanto faz, é leve o suficiente pra usar um dedo só) numa alavanca que gira no sentido horário (lado esquerdo) separada da alavanca de freio que é fixa. E pra baixo (mais pesadas) com o dedão. Pra ambos os lados é possível fazer trocas múltiplas de marchas, até 5. O acabamento - como de todo o grupo - é magnífico, essa alavanca de freio em fibra de carbono é de cair o queixo. O ponto fraco dos Ergopowers, segundo o próprio Lazzaretti, é a mola de retorno da alavanca do dedão. Segundo ele, tem dado problema, mas os meus ergopower seguem firmes. (lembrando que comprei tudo usado). O passador traseiro trabalha perfeitamente com o cassete 11-25. Apertou, trocou de marcha. Quase instantâneo. Até nas múltiplas trocas. E o melhor, nunca perde o ajuste entre as revisões. Ao contrário do 105 que eu tinha que direto começava a "errar" as marchas

O cara de quem eu comprei já tinha colocado um passador Super Record e o pé de vela era muito pequeno pra mim. Acabou que completei com o pé de vela Super Record que encontrei no Mercado Livre. Exagerei, eu sei. Por não ser muito popular por aqui, é difícil achar peças avulsas, quando aparecem, são mais caras que a concorrência. Esses são os pontos fracos do grupo.
O conjunto também trabalha em perfeita harmonia, as mudanças de cora são muito precisas. Os rolamentos são cerâmicos, os braços são de carbono e o miolo em titânio. Conjunto muito leve e rígido. Nem o Contador consegue envergar o negócio. Quanto mais eu.

É um conjunto snob, no final das contas. Há um preço (alto) a se pagar pela exclusividade e causar aquele "hummmm" quando olham para os detalhes de sua bici na rua (todos olham). Se tivesse o Shimano ainda, poderia facilmente pegar umas rodas emprestadas pra testar, mas mesmo assim, como as rodas, esse grupo das fotos não está a venda (maus aê). Procurem outro na Internet ou com o Lazzaretti, mas estejam convencidos disso.

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