quinta-feira, 21 de julho de 2016

Você contra um profisional do Tour

Achei uma matéria interessante no site da Bicycling.com (original em inglês aqui) que compara alguns pontos de performance de ciclistas amadores com profissionais do Tour de France. Eu, sério que sou, vou me colocar contra Cris Froome, afinal a comparação tem que ser justa e séria. Praticamente séria. Vamos lá!

Canela fina é que faz subida boa. Foto: ridemedia.com.au

Pernas: 

Ciclista, sério: cabeludas x Cris Froome: depiladas

Em um contra relógio de 40 km, Froome deve ganhar entre 60 e 75 segundos sobre mim, com pernas cabeludas. Dito isto, os profissionais não depilam as pernas pela aerodinâmica; Eles o fazem pelas massagens e, em caso de queda, pernas raspadas cicatrizam mais rápido.

Soigneur, rala. Foto: Gettyimages

Caramanholas, as garrafinhas: 

Ciclista, sério: 3, mas só 2 tampas x Cris Froome: de 4 a 13

Aqui em Brasília, nesta época do ano, onde as condições de umidade e temperatura chegam muito próximas as condições do Saara, sair com uma garrafa só é garantia de desidratação. Dependendo das condições, um soigneur (um faz tudo da equipe de apoio) prepara de 40 a 120 caramanholas para cada estágio.

Rápido

Velocidade média em contra relógio

Ciclista, sério: de Tarmac bem dobrado x Cris Froome: De Bolide bem ajustado

Não que eu vá alcançar o Cristopher se montar numa Pina Bolide, mas deve ajudar bastante. Treinando Contra relógio em intervalos de 12 minutos com absolutamente nada "aero" em um percurso fechado ganhando cerca de 25 metros, consegui fazer entre 30 e 33 km/h de média. No décimo terceiro estágio do Tour desse ano, um contra relógio com cerca de 600 metros de ganho de elevação, Cris mandou 44 km/h de média, só não conseguindo superar Tom Dumolin.

Quase pega o Sagan, só que não.


Força máxima em Sprint

Ciclista, sério: Não tem perna pra fazer sprint no final do pelotão do lago sul X Cris Froome disputou com Peter Sagan uma etapa.

Tudo bem que o Sagan fez o Sprint quase com um sorriso no rosto, mas Froome estava lá pra sair na foto. Pra comparação, nos últimos 5 segundos de corrida até a linha de chegada, Marcel Kittel pode alcançar cerca de 1500 watts. Estima-se que um ciclista médio chegue a 600 - 800 W.

Sky Train. Foto: Watson

Velocidade média em terreno plano

Ciclista, sério: Com pelotão 35 a 38 km/h. X Cris Froome: 40 a 44 km/h

Chegar até o final do percurso no pelotão "B" do lago sul é por si só uma façanha. Quando o pessoal quer chegar mais rápido em casa pra não perder o Tour a média chega a 40 km/h, nessas ocasiões a coisa fica bem tensa. Já no pelotão profissional em um dia "fácil" (com fuga) a média chega a 44 - 45 km/h. Se bem que na terceira etapa do Tour 2016 a média ficou em 33 km/h.

Essa imagem é histórica

Quanto demora pra subir o Monte Ventoux

Ciclista, sério: Já subiu uma vez na vida outra montanha X Cris Froome: Sobe sério.

Em 2015 houve um suposto vazamento de dados de Froome na escalada do Monte Ventoso no Tour. Média de 389 watts durante os 20 km de subida. A minha escalada mais épica, cerca de 18 km a 6% (média) o estimado de força foi cerca de 210 watts. Ou seja, Cris sobe duas vezes enquanto eu completo uma subida.

Bicicletas disponíveis

Ciclista, sério: Uma Tarmac e uma Caloi pra levar as filhas X Cris Froome: PinarelloS 

Froome, o principal ciclista da poderosíssima Sky deve ter duas ou três bicicletas reserva, de estrada e de Contra relógio. Minha situação é muito boa, posso ter duas bicicletas! Uma muito boa e outra pra toda obra.

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