quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O Difícil Ciclismo Feminino

O ciclismo feminino é difícil até longe da bicicleta
Pegando carona no assunto da semana que foi a prova do Enem onde a filósofa Simone de Beauvoir foi citada com um trecho de seu livro "O segundo sexo" de 1949. Vejam bem, uma citação de um livro que tem 66 anos causou alvoroço em pleno século 1 D.I, (Depois da Internet), continuando... E a redação teve como tema a violência contra mulheres. Isso me fez lembrar dos recentes casos de sexismos dentro do ciclismo.

Elas pedalam com um adicional de medo, que vai além do roubo de suas bicicletas, por estarem usando roupas justas, absolutamente iguais às que eu uso, mas que no caso delas podem ser qualificadas como "estava pedindo". A vida das mulheres ciclistas é muito mais difícil, sejam amadoras ou profissionais.

A indústria e organizadores de eventos ciclísticos dão suas caneladas pelo mundo. A última a pisar na bola foi a Colnago, famosa fabricante de bicicletas de alta performance italiana, que postou uma imagem no twitter completamente desnecessária:
Borracharia Colnago
Tá na cara que a propaganda é uma peça para homens. A bicicleta é masculina, por ser muito grande, e a modelo está sem sapatilhas. Obviamente, deu M. A Própria Colnago já pediu desculpas. Mas mesmo assim, o tradicional chororô masculino "estão levando isso a sério demais" inundou de lágrimas o twiter. Não é assim, pessoas do gênero masculino: existem várias ciclistas sérias, proprietárias ou amantes da marca, que ficaram muito chateadas por não serem levadas a "sério demais". Querem ver outro exemplo:



A imagem está difícil de ler, mas eu traduzo: "Ciclistas femininas geralmente não precisam forçar seus limites, correr contra o tempo ou buscar mais adrenalina em decidas de trilhas difíceis. Elas só querem curtir o tempo em contato com a natureza nas suas bicicletas. As expectativas são completamente diferente das dos homens..." Tem outras besteiras, mas eu já estou enjoado o suficiente. Essa pérola é de um fabricante de bicicletas das República Tcheca.

Essa é a campeã da vergonha alheia mundial, pra fechar o texto:


Tem algum sentido nisso? O organizadOr do evento fez a clássica manobra "não fui eu" pra tirar da reta, só ficou pior.

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